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3 estratégias para evitar as birras!

As birras são das experiências emocionais das crianças menos compreendidas pelos adultos. Ora porque aparecem sem motivo aparente, ora porque são tolhidas de uma grande intensidade e muitas vezes vistas pelos adultos como desajustadas à real dimensão do problema que as origina. 


A verdade é que as birras são um fenómeno, muitas vezes, complexo e difícil de decifrar. Ainda assim, quando pensamos nas birras, é essencial termos em consideração que há essencialmente dois tipos de birras: as birras biológicas e as birras manipulatórias. 


As birras biológicas são birras que aparecem, regra geral, porque a criança atingiu o seu limite, seja de frustração, cansaço, raiva, medo ou ansiedade de separação. Estas birras são uma forma da criança se libertar do turbilhão emocional em que se encontra e ‘fogem’ do controlo da criança.


As birras manipulatórias, são birras em que a criança procura 'manipular' para atingir um determinado objetivo. Estas birras acontecem, por norma, quando a criança já tem consciência moral e social, ou seja, com mais frequência após os 6 anos. Nestas birras a criança tem um certo controlo sobre a própria birra. No entanto, devemos ter em atenção que, se uma criança opta por fazer uma birra, ao invés de comunicar de forma adequada as suas necessidades, está também a fazer um pedido de ajuda.


É, por isso, essencial que olhemos para as birras das crianças como um pedido de ajuda e que procuremos efetivamente ajudar a criança. Uma das melhores formas é lidar com as birras de forma afetuosa, definindo limites e correspondendo às necessidades emocionais da criança. Para isso, devemos optar por:


1 - Agir com tranquilidade - se quando a birra surge, ou num momento de frustração, os adultos de referência da criança conseguirem agir com tranquilidade, vão, aos poucos, ensinando à criança que não é necessário explodir e que há alternativas para expressar o que sentimos. É importante termos consciência que a forma como os adultos reagem perante uma birra vai modelar o comportamento da criança numa eminência de birra posterior;


2 - Dar opções à criança - se der opções limitadas à criança, a criança sente-se ouvida, sente-se parte das decisões e valorizada. Quando este sentimento é consistente, mais facilmente se contornam as birras do dia a dia; 


3 - Antecipar - através da antecipação, podemos tomar consciência das linhas de fratura de uma criança e prever como a criança reagirá em determinadas circunstâncias. Se o fizermos, podemos ponderar as consequências, preparar a criança para as situações difíceis e, encontrar alternativas, para que a criança reaja de forma mais adaptada, não excedendo o seu limite.


Perante diferentes tipos de birras, podemos agir de forma diferente, por isso, as birras exigem sensibilidade e intuição por parte dos adultos para uma reação eficaz e reparadora. Ainda assim, fica claro que todas as birras representam um apelo da criança, um pedido de ajuda e, por isso, mesmo é importante que os adultos reúnam as ferramentas necessárias para responder a esse pedido de ajuda. 




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