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Como gerir conflitos entre irmãos?

Ter um irmão é, por um lado, o melhor do mundo, é ter um companheiro de brincadeiras, de vivências e de desafios. Mas, ao mesmo tempo que ter um irmão pode parecer mágico, um irmão é também o nosso primeiro adversário, a pessoa com quem batalhamos pela atenção dos pais, dos avós e dos tios, por exemplo.


Por isso, na relação com um irmão cresce-se muito e essa relação, para o ser em toda a sua plenitude, nunca é livre de conflitos. Apesar disso, esses conflitos são positivos e podem ser uma fonte de aprendizagem, para o futuro, quer para a relação com os outros, quer para a gestão da frustração no dia a dia.

Assim, é muito importante que os pais, perante os conflitos entre irmãos sejam capazes de:


- Promover a resolução autónoma dos conflitos - as crianças criam os conflitos e devem ser elas próprias a encontrar as soluções para esses conflitos. Ou seja, os pais devem estar alerta, mas não devem ter uma intervenção dirigida à resolução dos conflitos. Se for necessário a intervenção dos pais, esta deve ser num sentido de mediação ouvindo as crianças e promovendo a sua capacidade de encontrar a solução por si próprias.

- Não fazer comparações entre as performances dos irmãos - as comparações no meio familiar fazem com que muitas vezes, um dos irmãos se sinta mais frágil ou menos amado do que o outro. Por isso, devemos evitar fazer comparações e optar por valorizar as diferenças, sempre numa perspetiva positiva. Por exemplo, em vez de dizermos consecutivamente “o Pedro é excelente aluno e o João só tem notas medianas”, podemos optar por “o Pedro é excelente aluno ficamos muito felizes com as suas boas notas, mas o João é excelente no desporto, ficamos mesmo felizes com as suas competências físicas".


- Ensinar a expressar o que sentem e as suas necessidades - muitas vezes os conflitos aparecem porque nenhum dos irmãos é capaz de expressar aquilo que está a sentir ou aquilo de que precisa. Assim, é muito importante que, fora dos momentos de zanga, os pais possam ensinar as crianças a expressar todas as suas emoções e as suas necessidades. É quando uma criança consegue expressar o que está a sentir e tudo aquilo que precisa para o seu bem-estar, que os conflitos tendem a diminuir e a empatia entre irmãos tende a aumentar.


É por tudo isto importante que os pais tenham consciência que os irmãos terão sempre momentos de oscilação entre sintonia e conflitos. E que esses conflitos são saudáveis e são, muitas vezes, uma grande aprendizagem para os irmãos, dando-lhes - desde que corretamente geridos - ferramentas para se relacionarem e se tornarem mais flexíveis e capazes de se proteger na relação com os outros.


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