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Educar as crianças para a agressividade é essencial!

Teimamos em querer fugir da agressividade e em tentar a todo o custo que as crianças à nossa volta não se permitam a aceder a rasgos mais agressivos. Fazemo-lo porque dentro de nós acreditamos que a agressividade é má e pode ser prejudicial para o desenvolvimento das crianças.

Mas, esquecemo-nos que a agressividade é uma das nossas melhores armas de defesa e de proteção. Por isso, ao tentarmos conter a agressividade, estamos apenas a conter uma reação natural do nosso corpo à ameaças ou à dor, por exemplo. E, sempre que existe contenção, anulamos os nossos rasgos mais saudáveis, contribuímos para o adoecer psicológico e para o aumento dos níveis de ansiedade e stress.



Desta forma, educar as crianças para a agressividade é absolutamente essencial, permitindo que se tornem capazes de definir os seus limites, de agir quando alguém as faz sentir mal, de ir a jogo em busca das suas conquistas e de lutar - com garra e confiança - por cada coisa em que acreditam.



No fundo, saber gerir a agressividade significa conseguir ouvir o nosso interior e, em tempo real, respeitá-lo, funcionando a agressividade como uma força motriz que nos permite equilibrar e encontrar o bem-estar.



Mas, se assim é, porque é que fugimos e tentamos a todo o custo que as crianças fujam da agressividade? Porque demasiadas vezes, confundimos agressividade com violência. E, a violência sim, deve ser algo do qual devemos fugir e devemos ensinar as crianças a fugir. Porque a violência - ao contrário da agressividade - é prejudicial quer ao desenvolvimento, quer ao bem-estar.



Quando há violência, há o intuito de - no meio de uma grande confusão interna - se procurar magoar deliberadamente o outro, ou nós próprios. No fundo, se a agressividade aparece como movimento de defesa e proteção, a violência aparece como movimento de ataque sem qualquer empatia ou cuidado com o outro, ou connosco próprios.



Apesar de os limites, muitas vezes, parecerem ténues, é essencial nunca nos esquecermos que quanto mais se contém a agressividade, mais se abre espaço à violência.



Por tudo isto, é essencial que permitamos que as crianças explorem a sua agressividade, que brinquem às lutas, que sejam capazes de aprender a definir todos os seus limites e que aprendam a aceitar e a utilizar a seu favor os seus rasgos mais agressivos. Lembrando-nos que só quando deixamos de conter a agressividade, abrimos espaço à diminuição da violência, quer entre crianças, quer entre adultos.



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