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Tem por hábito evitar a tristeza?

Foto do escritor: EscoladoSentirEscoladoSentir

Todas as nossas emoções são essenciais, protegem-nos e garantem-nos o equilíbrio no nosso dia a dia. Sendo as nossas emoções uma das nossas principais alavancas para garantir o nosso bem-estar, deveríamos ser capazes de acolher cada uma delas dentro de nós, deveríamos ser capazes de ouvir as suas mensagens e de, a partir delas, agir. Porque no limite as emoções são sempre um sinal de alerta que nos permite levar a uma ação que restabelece ou mantém o nosso equilíbrio interior. 


No entanto, por medo, por desconforto e, muitas vezes, por não sabermos a sua verdadeira importância, ao invés de escolhermos as emoções todas de igual forma, acabamos por fazer forças de bloqueio fortíssimas a algumas das nossas emoções, nomeadamente, à tristeza. 


Fazemos forças de bloqueio à tristeza porque no momento em que a estamos a vivenciar ela implica alguma dor e algum sofrimento, implica um certo mal-estar que nos faz ter a ideia que se o ignorarmos tudo será mais simples. E a curto prazo, de facto torna-se mais simples ignorar, mantemo-nos funcionais e evitamos lidar com essa tristeza.


No entanto, aquilo que nos esquecemos é que este mecanismo se esgota e tem consequências severas a longo prazo, uma vez que a nível emocional nada pode ser ignorado, contido ou deixado para segundo plano. Tudo aquilo que vivenciamos precisa de um lugar para existir e para se expressar. Por isso, se não vivenciarmos e expressarmos a tristeza em tempo real, aquilo que vai acontecer é que mais tarde, ela terá de se expressar, de forma desadaptada e, tendencialmente, patológica. 


Mais tarde, ou se expressa num quadro de adoecimento mental ou, em fim de linha,  expressa-se num quadro de adoecimento físico. É inequívoco que os quadros depressivos, por exemplo, se instalam, entre outros fatores, à custa de muitas tristezas que fomos contendo e reprimindo e que nunca foram acolhidas ou expressas. Da mesma forma que, por exemplo, alguns quadros de doenças gástricas ou dermatológicas, se instalam e empolam devido à contenção emocional significativa. 


Assim, nunca nos esqueçamos que se, por algum motivo a tristeza se chega até nós, devemos senti-la, ouvi-la e responder ao apelo que ela nos faz. Ou seja, procuramos conforto, procuramos ajuda e integramos toda essa tristeza na nossa história, no que estamos a experienciar, para, a partir daí agirmos de forma diferente que nos leve até ao equilíbrio e ao bem-estar. Uma tristeza que seja vivenciada no tempo certo, não gerará mal-estar a longo prazo, será libertada e permitir-nos-á prosseguir. 



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